Perfil e Percepção sobre a Legislação dos Criadores Amadores de Passeriformes Regulares no Distrito Federal
O Instituto Brasília Ambiental promoveu uma pesquisa direcionada aos criadores amadores de passeriformes, com o objetivo de entender as principais dificuldades enfrentadas em relação à compreensão da legislação ambiental de criação de animais e suas percepções relacionadas à atividade de criação amadora. A pesquisa é fundamental para identificar os desafios e propor soluções que facilitem a conformidade com as normas ambientais, beneficiando tanto os criadores quanto a conservação da fauna silvestre, de forma a melhorar a gestão e o suporte oferecido.
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A pesquisa foi enviada por e-mail para 3.024 criadores cadastrados no Distrito Federal, entre regulares (todas as licenças de renovação pagas), licenças em atraso (pendentes) e suspensos pela fiscalização. Ao todo foram enviadas 109 respostas, o que representa uma amostragem de 3.67% do todo. No entanto, a maioria das respostas enviadas foi dos criadores regulares (95), e dessa forma, para fins de análise e apresentação dos resultados, foram utilizados apenas as respostas dessa categoria. Quando se observa na análise os criadores regulares (1.087 no Distrito Federal até dezembro/2024), o universo de amostragem correspondeu a aproximadamente 9% do total.
Foi possível identificar que a maioria dos criadores é do sexo masculino, tem entre 41 e 60 anos e apresenta alto nível de escolaridade, com 44% tendo concluído o ensino superior.
Os dados demonstram uma percepção positiva dos criadores sobre seu papel na conservação das espécies, com 80% acreditando que as aves devem ser protegidas por lei e 73% reconhecendo que criar aves fora do SisPass estimula o tráfico ilegal. No entanto, foram identificados desafios significativos quanto à compreensão da legislação. Embora 48% dos entrevistados tenham declarado ter lido a regulamentação, um percentual considerável ainda possui interpretações equivocadas sobre aspectos fundamentais, como a obrigatoriedade de uso de anilhas e as consequências do não pagamento da licença anual.
Outro dado relevante é o alto grau de adesão às boas práticas, com 92% atualizando regularmente seus dados no SisPass e 94% verificando documentações antes de adquirir uma ave. Apesar disso, a pesquisa evidencia a necessidade de ampliar a disseminação de informações claras e acessíveis sobre as normas que regem a criação amadora. Esses achados reforçam o compromisso do Brasília Ambiental em promover a educação ambiental e a fiscalização, buscando um equilíbrio entre o apoio aos criadores e a conservação da biodiversidade.
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