O Instituto Brasília Ambiental iniciou, neste mês em que se celebra o Dia Mundial da Água (22), a coleta de amostras de água em nascentes localizadas em 27 Unidades de Conservação (UCs) administradas pela autarquia. A ação faz parte do projeto de implantação da rede de monitoramento da qualidade da água nas UCs.
Desenvolvido pela Diretoria de Conservação e Recursos Hídricos (Dicon) do Instituto, o projeto mapeou 38 pontos em rios, córregos, cachoeiras e lagoas. O objetivo da iniciativa é verificar a qualidade da água dos corpos hídricos que percorrem as unidades de conservação.
“Nesse sentido, será possível conhecer as características naturais dos ambientes de conservação, além de identificar possíveis fatores que venham a afetar a qualidade da água, como lançamentos irregulares ou escoamento difuso”, explica Janaína Starling, diretora de Conservação e Recursos Hídricos do Brasília Ambiental.
O primeiro ciclo de coleta das amostras começou pela região de Planaltina, na Estação Ecológica de Águas Emendadas e nos parques ecológicos do Pequizeiro, Retirinho e Sucupira, além do Parque Distrital das Copaíbas. Essa etapa do cronograma, que será concluída ainda este mês, abrange também UCs em Sobradinho, Lago Norte e Sul, Asa Norte, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Águas Claras.
De acordo com a Dicon, em março deverão ser coletados os pontos das nascentes, com previsão de os resultados das amostras até o fim de abril. O órgão lembra, ainda, que o monitoramento “tem a premissa de criar cenários tanto para a estação chuvosa quanto ao período de seca”.
Financiamento – O projeto é financiado por meio de compensação florestal – pagamentos feitos por empreendimentos que geraram impactos nos recursos naturais. O recurso de R$ 564.966,72 está sendo pago pela empresa Ciplan.
A Câmara de Compensação Ambiental e Florestal (Ccaf), que aprovou o projeto por unanimidade, considerou-o de grande valia para preservar os mananciais do meio ambiente. Dirigida pelo Instituto Brasília Ambiental, a Ccaf é responsável por definir o objeto a ser custeado com os recursos de compensação e florestal e a unidade de conservação a ser beneficiada.
Além dos servidores da autarquia, compõem a câmara membros da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, da Universidade de Brasília, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e representantes da sociedade civil organizada.
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