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6/10/23 às 13h18 - Atualizado em 17/10/23 às 9h36

Plano de Manejo do Parque das Sucupiras é tema do Ciclo de Palestras

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Foi realizado, na manhã desta sexta-feira (6), mais uma edição do Ciclo de Palestras – Compartilhando Saberes, por meio do YouTube do Instituto Brasília Ambiental. Nesta apresentação, as servidoras Daniela Vieira Lopes e Marcela Versiani compartilharam a elaboração do Plano de Manejo do Parque Ecológico das Sucupiras, localizado no Sudoeste.

 

Plano de Manejo é um documento técnico que, a partir dos objetivos definidos no ato de criação de uma Unidade de Conservação (UC), estabelece o zoneamento e as normas que norteiam o seu uso. O documento inclui aspectos como uso da área, manejo dos recursos naturais e, implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. Toda UC deve ter um plano de manejo, elaborado em função de sua categoria e objetivos. Esse é um trabalho multidisciplinar, realizado com base na Instrução Normativa n° 36, de 26 de novembro de 2020, que traz os procedimentos para elaboração desse documento.

 

O Parque Ecológico das Sucupiras é fruto de uma mobilização da comunidade local em 2003. Em 2005 foi finalmente criado, por meio do Decreto n° 25.926 como parque de uso múltiplo, e recategorizado em 2019, pelo Decreto n° 40.116. O Plano de Manejo foi finalizado e aprovado em 2023, pela Instrução Normativa n° 5, no dia em que a unidade comemorava 18 anos de criação. A UC constitui um raro remanescente do Bioma Cerrado no centro da Capital Federal, protegendo espécies nativas de flora e fauna.

 

Segundo as servidoras, durante a realização do diagnóstico, foram encontradas no local 69 espécies da flora nativa do Cerrado, como sucupiras, pequizeiros e paus-santos, além de cinco espécies ameaçadas. Quanto à fauna, foram identificados 25 espécies de abelhas, sendo 12 gêneros novos para o DF; 97 espécies de aves e três espécies de répteis, entre outros. Durante o processo também foram estudados, o impacto de animais domésticos sobre a biodiversidade da área, um dos principais desafios encontrados.

 

“A realização do plano de manejo é uma etapa muito boa porque é a oportunidade de ver o parque saindo do papel. Enquanto não faz esse documento é um parque do papel, um parque sem vida, que nem se justifica. Porque as pessoas precisam entender essa importância e elas só entendem quando acessam a área e conseguem vivenciar aquela unidade de conservação”, explicou Daniela Lopes.

 

Palestrantes – Marcela Versiani é Engenheira Agrônoma, com mestrado em Agronomia. Concursada do Brasília Ambiental desde 2010 como agente de Unidade de Conservação de Parques, ocupa atualmente o cargo de superintendente de Unidade de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon).

 

Daniela Vieira Lopes é bióloga e pós-graduada em Ciências Marinhas Tropicais. É servidora do Instituto desde 2011, como analista de Atividades do Meio Ambiente, lotada atualmente na Diretoria de Implantação de Unidades de Conservação e Regularização Fundiária (DIPUC).

 

Incentivo – Compartilhando Saberes é uma iniciativa da Comissão Permanente de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) da autarquia para incentivar a troca de conhecimento entre os servidores e favorecer a integração com a sociedade.

 

O projeto iniciou trazendo os servidores que tiveram usufruto do afastamento para participar de programa de pós-graduação stricto senso, conforme o artigo 161 da Lei Complementar n° 840/2011, e retornaram para suas atividades. Além dos estudos acadêmicos, o Ciclo de Palestras dá também a oportunidade da apresentação de outros tipos de trabalhos desenvolvidos pelos servidores do Brasília Ambiental.

 

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