Teve início nesta segunda-feira (24/8) a desobstrução da orla do Lago Paranoá, intitulada Operação Orla Livre. Depois desta primeira fase da operação, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que está com sua equipe de fiscais acompanhando este momento inicial, fará a auditoria ambiental, levantando os danos ambientais que esta longa ocupação causou. Cada morador notificado deverá apresentar, individualmente, um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).
O Instituto deixa claro que a função da faixa de 30 metros – que está sendo desocupada – é de preservação ecológica. Segundo o órgão, construções nesse perímetro podem causar impermeabilização do solo (que contribui para que lixo e terra sejam carregados pela água da chuva e cheguem ao reservatório, causando o assoreamento) e erosão (com o desmatamento e o consequente enfraquecimento da margem). Até mesmo a adubação de gramados pode poluir o espelho d’água.
Porém, o Ibram já vem trabalhando há algum tempo, junto com outros 22 órgãos, em sete eixos: Território, Participação Social, Jurídico, Cultural, Econômico, Comunicação Social e Segurança. Todos envolvendo uma série de ações voltadas para o uso da Orla Livre.
O Ibram defende que a tônica deste uso seja definida pela própria população do Distrito Federal. Por isso, dentro do eixo Participação Social está prevista a ação Diálogos da Orla, que se traduz em audiências públicas físicas nas Regiões Administrativas envolvidas mais diretamente com a Orla, como também uma audiência pública virtual na qual todas as pessoas interessadas no assunto poderão opinar.
Ação imediata – Segundo o órgão, logo depois da desobstrução e durante o processo da definição do Plano de Ocupação, haverá um trabalho de organização do espaço para uso imediato. O Ibram e a Novacap reconstruirão a paisagem, farão ciclovias e instalarão bancos para que a população tenha acesso ao Lago, com algum conforto. Se houver píer ou outros equipamentos na faixa dos 30 metros construídos pelos moradores, eles serão aproveitados e se tornarão bens públicos. A ideia é conciliar o uso pela população com o equilíbrio da vegetação e a saúde do lago.
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