A Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (SUCON) encerra 2024 com um balanço positivo de suas atividades, destacando avanços significativos na gestão ambiental do Distrito Federal. As conquistas incluem ações de preservação ambiental, melhorias na infraestrutura, integração institucional e fortalecimento de políticas públicas.
Para o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, 2024 foi um ano desafiador, mas marcado por grandes realizações. Segundo ele, o maior destaque foi a ampliação da participação social nas decisões: “Os parques e unidades de conservação são públicos, pertencem a todos. Quanto mais as pessoas participam, melhores se tornam as estruturas, atendendo a todos e não podemos nos esquecer que a população são nossos maiores aliados na preservação ambiental desses espaços”.
Já a superintendente Marcela Versiani enfatizou os avanços científicos e a melhoria na mensuração da gestão: “Toda a troca de experiências em plenárias, seminários e, principalmente, na nossa conferência, permitiu medir, com dados concretos, o esforço diário da equipe. Isso nos mostra, na prática, como alcançou resultados efetivos na gestão”, afirmou.
Entre as principais realizações voltadas à sociedade, destaca-se a criação do Monumento Natural da Pedra Fundamental, a publicação dos Planos de Manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Córrego Mato Grande e da poligonal do Parque Ecológico Jequitibás, além da regulamentação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Área de Proteção Ambiental (APA) do São Bartolomeu. A instalação de poços artesianos nos parques ecológicos do Areal e Olhos d’Água também merece destaque, assim como a implementação de uma rede de monitoramento de água em unidades de conservação, reforçando a sustentabilidade ambiental.
Outro ponto importante foi a inauguração do Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (HFaus), que realizou 1.660 atendimentos ao longo do ano, abrangendo aves (61%), mamíferos (37%) e répteis (2%). Na área de combate aos incêndios florestais, a superintendência contou com o reforço de 150 brigadistas atuando em ações preventivas, como queima prescrita e na construção de aceiros com o uso do fogo. Essas ações resultaram em uma redução das áreas queimadas, em comparação a 2022, mesmo com o aumento no número de focos de incêndios.
Na área de combate a incêndios florestais, a superintendência contratou 150 brigadistas e implementou ações preventivas, como queima prescrita e construção de aceiros com o uso do fogo, além de ter adquirido por meio de compensação ambiental equipamentos novos para serem utilizados no combate. Essas ações resultaram em uma redução das áreas queimadas, em comparação a 2022, mesmo com o aumento no número de focos de incêndio. Também através de compensação ambiental a superintendência realizou a compra de 5 novos drones para auxiliar no monitoramento das áreas que compreendem as unidades de conservação e por vezes, se encontram em lugares de difícil acesso.
A superintendência também lançou o Manual de Acessibilidade das Unidades de Conservação, promovendo a inclusão de pessoas com deficiência nas atividades e nos espaços protegidos. No campo da infraestrutura, vários parques receberam cercamento, como o Parque Distrital Bernardo Sayão e os parques ecológicos do Gama, Veredinha, Saburo Onoyama e Lago Norte. Além disso, foi implantada uma agrofloresta e cultivadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) no Parque Ecológico do Riacho Fundo, um projeto inovador que alia sustentabilidade e conservação ambiental.
Diversas publicações normativas também marcaram o ano, incluindo Instruções Normativas sobre manejo integrado do fogo, acessibilidade e diretrizes para a criação de RPPNs, além do Guia de Plantas voltado à criação do Parque Distrital Pedra dos Amigos, uma contribuição científica e educativa.
A integração interna foi fortalecida com a realização de três plenárias e reuniões de planejamento com as equipes gestoras das unidades de conservação, que definiram metas e objetivos claros. Cursos e apresentações técnicas, como os planos de manejo das unidades Olhos d’Água, Sucupiras e ESEC-JBB, capacitaram as equipes e ampliaram o compartilhamento de conhecimentos. A participação social foi valorizada em eventos como a 1ª Conferência Distrital de Unidades de Conservação, que reuniu 340 participantes, além de oficinas e reuniões abertas em Samambaia, Riacho Fundo I e II e Recanto das Emas, com o objetivo de elaborar planos de manejo.
Por meio do Programa Reviva Parques, melhorias significativas foram realizadas, como no Parque Ecológico do Riacho Fundo, que recebeu uma nova entrada para pedestres, cercamento do parquinho infantil e reforma da sede de educação ambiental. No Parque Ecológico de Águas Claras, foram revitalizados a quadra poliesportiva, os equipamentos e o sistema de hidrômetros.
Com esses resultados, a Superintendencia de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, reafirma seu compromisso com a preservação ambiental e o bem-estar da população, consolidando sua atuação como referência em gestão sustentável. As perspectivas para o futuro incluem a continuidade das ações de conservação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao meio ambiente, contribuindo para um Distrito Federal mais verde e resiliente.
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