Texto: Bety Rita Ramos / Revisão: Mariana Parreira
O Instituto Brasília Ambiental reuniu, em sua sede, na tarde desta quinta-feira, 7/8, representantes do Ministério do Meio Ambiente, Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, iniciativa privada e servidores do próprio órgão das áreas de licenciamento, emergência, riscos e monitoramento ambiental para a apresentação do Plano de Trabalho da execução do Inventário da Poluição do Ar do DF.
O inventário é uma determinação da Política Nacional de Qualidade do Ar (PNQA), instituída pela Lei nº 14.850/2024, que estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão da qualidade do ar no Brasil. A apresentação foi feita pela engenheira ambiental, Larissa Zanutto e pelo gerente de projetos, Arthur Celani, ambos da Acoem, empresa vencedora da licitação para elaboração do inventário, modelagem e Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do DF.
O analista de planejamento urbano e infraestrutura da Diretoria de Emergência, Riscos e Monitoramento Ambiental (Direm) do Instituto, Carlos Rocha, explicou que o inventário é a principal ferramenta para se fazer o gerenciamento da qualidade do ar. “Se não sabemos onde está sendo emitida a poluição, o quê a está emitindo, e que tipo de poluição está sendo emitida, como vamos atacar a poluição?. Então, se não temos informações sobre ela, não conseguimos gerenciá-la. A importância do inventário é, justamente, nos fornecer esses dados”, ressaltou.
A vice-governadora do DF, Celina Leão, parabenizou o Brasília Ambiental pela iniciativa e enfatizou a importância do DF se adequar à PNQA. “A Política Nacional da Qualidade do Ar tem o objetivo de reduzir a concentração de poluentes atmosféricos, buscando a melhoria da qualidade ambiental e a proteção da saúde humana, além de integrar políticas públicas e instrumentos de gestão. Então, é fundamental que o Distrito Federal adquira os instrumentos, que são definidos pela lei, para podermos melhor planejar nossa política ambiental da qualidade do ar”, defendeu.
O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou que o trabalho apresentado, quando concluído, revelará um diagnóstico do que está acontecendo no DF em termos de qualidade do ar. “Será possível sabermos as nuances da poluição das Regiões Administrativas e entornos. Isso, em termos de gestão, nos dará condições e segurança para as tomadas de decisão não só da política ambiental, mas também das políticas de saúde”, lembrou.
Apresentação – De acordo com o Plano de Trabalho apresentado a entrega do Inventário da Poluição do Ar do Distrito Federal deve ocorrer até o final do ano. Neste inventário constará quais são as fontes poluidoras do DF, onde elas estão localizadas, qual o potencial poluidor delas e quanto, efetivamente, elas estão emitindo, o quantitativo de cada tipo de fonte, entre outras informações. Tudo isso, segundo a apresentação, será inserido em um mapa.
“A partir desse ponto, conseguiremos fazer a modelagem, que é sobre o quanto a poluição está impactando a saúde da população. Informação importante para a definição de ações de gestão governamental voltadas à qualidade de vida das pessoas”, explicaram os técnicos da Acoem.
Outro produto a ser entregue é o dimensionamento da Rede de Monitoramento. ”Com esse resultado (inventário), vamos conseguir enxergar quais as áreas que estão sendo mais impactadas, se é uma área muito urbanizada, se é muito rural, entre outros dados, para, justamente, indicar os locais que devem fazer parte da Rede de Monitoramento”, detalharam os apresentadores. Este produto deve ser entregue até agosto de 2026.
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