Governo do Distrito Federal
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6/10/23 às 15h39 - Atualizado em 19/10/23 às 10h44

Comunidade troca saberes sobre o uso da Chaya

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O uso medicinal da Planta Alimentícia Não Convencional (Panc) Chaya foi pauta da Roda de Conversa na manhã desta sexta-feira (6), no Parque Ecológico Sucupira, em Planaltina. A iniciativa é do Instituto Brasília Ambiental, por meio do projeto Reconexão Cerrado, e da Secretaria de Saúde (SES), por meio da Unidade Básica de Saúde (UBS) 19 e do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis).

 

Os membros da Comissão Executora do evento, pelo Brasília Ambiental, ressaltam que o objetivo desses encontros mensais é a divulgação do uso das plantas medicinais com a troca de saberes entre a comunidade e os profissionais das áreas da saúde e ambiental. Este ano já foram realizadas rodas de conversa sobre o Guaco, o Gengibre, a Sucupira, o Ora-pro-nóbis, entre outras.

 

 A farmacêutica e fitoterapeuta Isabele Aguiar, 35, chefe da Farmácia Viva do Cerpis, é a idealizadora da Roda de Conversa sobre plantas medicinais e fitoterápicos no âmbito da saúde pública do Distrito Federal. Ela explica que a proposta nasceu em 2018, em um momento de expansão dos serviços da Farmácia Viva do Cerpis, fundamentado na demanda da comunidade de Planaltina e dos profissionais de saúde sobre orientações do uso correto de vegetais medicinais.

 

Aguiar destaca que o projeto é premiado pela SES/DF. “Representa uma abertura de portas à participação, aproximando profissionais e população, fortalecendo o compromisso com a assistência de qualidade, centrada no vínculo, na responsabilização e na partilha dos saberes e experiências, resgate e valorização do conhecimento popular sobre plantas medicinais, perpassando o conhecimento tradicional e científico, convergindo para a construção de conhecimento sobre o uso seguro e eficaz de plantas medicinais”, enfatiza.

 

Chaya – Seu nome científico é Cnidoscolus aconitifolius, sendo também conhecida popularmente como: Chayamansa, Espinhafre-arbóreo, Espinafre-selvagem e Urtiga-branca. A parte usada como alimento, as folhas, são boas fontes de proteína, ferro, cálcio e vitaminas A e C. Podem ser consumidas das mesmas formas que o espinafre, mas, na realidade é semelhante à couve.

 

Suas folhas podem ser preparadas refogadas, salteadas, em sopas, caldos verdes, ovos mexidos, omelete, cozidas com carne e adicionadas às massas. Possuem ácido hidrocianídrico (HCN) e não devem ser consumidas cruas. É uma verdura para se comer após cozimento. É um alimento de consumo milenar pelos povos da América Central e América do Sul. Nativa do México, no Brasil é cultivada como hortaliça.

 

Reconexão – Sendo uma versão repaginada do Projeto Conexão Verde, o Reconexão contempla plantio de mudas, criação e canteiros de jardins terapêuticos, práticas integrativas de saúde (automassagem, heiki, benzimento) e rodas de conversa que conectam a comunidade com o saber ancestral e as potencialidades das espécies nativas do Cerrado para usos medicinais, alimentícios e, até mesmo, inseticidas.

 

A Roda de Conversa contou também com as práticas integrativas de automassagem e contação de história. A próxima roda está marcada para 10 de novembro, e a atividade prevista é uma intervenção no jardim terapêutico com práticas de manejo, poda, cobertura de solo e replantio.

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