Na última sexta-feira, 8 de novembro, o Instituto Brasília Ambiental encerrou o segundo ciclo de capacitações sobre o Uso Tradicional de Plantas Medicinais, promovidas por meio do projeto Reconexão Cerrado. A formação, oferecida gratuitamente e financiada com recursos de compensação ambiental, contou com a participação de 64 pessoas, incluindo dez servidores da autarquia, membros da comunidade local, benzedeiras e outros interessados na tradição fitoterápica.

O encerramento foi marcado por um almoço vegetariano e pela apresentação de samba de roda, manifestação cultural tradicional que reflete a fusão de influências africanas e portuguesas. O samba de roda, originário do Recôncavo Baiano, integra música, dança e poesia, reunindo as pessoas em uma roda onde se canta, dança e toca instrumentos típicos, como o atabaque e o pandeiro. Essa expressão cultural foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 2005, reafirmando a sua relevância para a preservação da cultura popular brasileira.

“Eu gosto muito de buscar o conhecimento. E esse saber ensinado aqui sobre a diferença que o nosso Cerrado faz, até mesmo na nossa saúde é muito importante para a nossa população. Estou idealizando junto a nossa equipe para fazermos mais edições e turmas deste projeto. Eu penso em uma por mês, o que vocês acham?!” comentou o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer.

A superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, Marcela Versiani, endossou as palavras do presidente. “Tivemos uma procura pelas oficinas muito maior do que imaginávamos! Então somos gratos por cada um de vocês que se unem a nos para cuidarmos do nosso meio ambiente.”, celebrou a gestora.

Oficinas – A iniciativa do Brasília Ambiental reflete seu compromisso com a valorização do conhecimento tradicional do Cerrado, promovendo a integração dos participantes com saberes fitoterápicos e com a riqueza cultural brasileira.

O Projeto Reconexão Cerrado conta com uma Comissão Coordenadora, que realiza ações e práticas que promovam a conexão entre saúde e meio ambiente, por meio das Unidades de Conservação geridas pelo Brasília Ambiental, abrindo espaço para que as pessoas tenham essa possibilidade de conexão com a natureza.

Tem, ainda, a finalidade de incentivar e promover a regeneração do Cerrado, como a de melhorias estruturais nas unidades e a valorização das atividades voluntárias nestes espaços, potencializando o uso, o pertencimento e o empoderamento da população junto com o incentivo pela realização das Práticas Integrativas de Saúde (PICS).