Nome Científico: Hydrochoerus hydrochaeris
Comprimento: 1,35 m
Altura: 60 cm
Peso: 20-80 kg (podendo chegar a mais de 100 kg)
Dieta: São animais herbívoros, se alimentam de capim, grama, ervas e vegetação aquática
Hábito: Semiaquáticos, Diurnos e noturnos. Vivem em grupos.
Comunicação: Pode acontecer através da emissão de gritos roucos.
Reprodução: O período de gestação é de 5 meses e nascem, em média, 5 filhotes.
Maturidade sexual: O macho atinge a maturidade entre 15 e 24 meses de idade, enquanto que as fêmeas alcançam essa maturidade com idade entre 10 e 12 meses.
Predadores: Onças-pintadas, onças-pardas, jaguatiricas, cachorros-do-mato, sucuris, jiboias e jacarés.
Distribuição: Ocorrem em praticamente toda a América do Sul com exceção da Cordilheira dos Andes.
Figura 1 – Peso e comprimento aproximado de um adulto, um jovem e um filhote de capivara. Fonte: IBAMA.
Habitat das capivaras
O habitat natural das capivaras são os manguezais, savanas, lagos, rios e pântanos, ou seja, corpos de água permanentes, áreas alagáveis e próximos às represas. A água serve como esconderijo e proteção contra os predadores naturais, além de ser utilizada para a reprodução, alimentação e manutenção de sua temperatura corporal. Esses animais possuem pequenas membranas entre os dedos para dar mais eficiência ao nado.
A conectividade de ambientes aquáticos inseridos em matriz urbana ou rural permite a ocupação de áreas onde antes não existiam esses animais, modificando o padrão de distribuição e a dinâmica da população. Nesse contexto, o desmatamento representado pela substituição das matas ciliares para a implantação de áreas desprovidas de extrato arbóreo, constituídas por gramados, pastagens e culturas agrícolas próximos aos corpos d’água, proporciona a formação de ambientes propício à ocorrência e ao aumento da população de capivaras.
Fonte: tricurioso.com
Dispersão
A dispersão das capivaras é facilitada pela existência da rede hídrica, que conecta os habitats ainda disponíveis, dependendo de diversos fatores ambientais como a distribuição de recursos alimentares e locais de refúgio. Assim, espera-se que modificações do uso do solo alterem a forma como os animais utilizam o ambiente.
Devido a sua capacidade de ocupar ambientes próximos às pessoas, a capivara pode se envolver em conflitos com as atividades humanas, por exemplo, grupos sociais numerosos da espécie podem se alimentar de plantações, causando prejuízos a produtores rurais. Além de prejuízos econômicos, as capivaras, assim como outros vertebrados, podem ser reservatórios para agentes etiológicos com potencial zoonótico, ou seja, podem participar do ciclo de vida de patógenos que atingem a saúde humana.
As capivaras atuam como hospedeiras primárias de carrapatos das espécies Amblyomma sculptum e Amblyomma dubitatum e geralmente apresentam coinfestação pelas duas espécies. Ambas também podem eventualmente parasitar humanos e outras espécies de animais, como primatas, marsupiais, equinos, outros roedores como ratazanas e até aves nativas, o que contribui para a circulação de possíveis rickettsioses (doenças infecciosas causadas por bactérias) em diferentes populações de espécies, incluindo os seres humanos.