O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) está retomando a divulgação mensal do boletim da umidade relativa do ar. Com o fim do período chuvoso, essa publicação substitui os informes sobre precipitação – que devem retornar em setembro ou outubro, quando geralmente as chuvas voltam a cair no Distrito Federal.
Além do conteúdo periódico sobre precipitação e umidade relativa do ar, a Diretoria de Emergências, Riscos e Monitoramento Ambiental da autarquia produz o boletim sobre temperatura do ar, cuja divulgação também é mensal, sem interrupções. Todas as edições estão disponíveis no site do Brasília Ambiental.
Foram utilizadas sete estações meteorológicas para elaboração das análises – duas pertencem ao Ibram e cinco ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Só o Brasília Ambiental tem um boletim compilando as informações de todas as instituições que fazem medição semelhante à nossa. Ter os dados de todas as estações do DF resumidos em um só documento permite que o público em geral entenda o conteúdo de uma maneira mais fácil”, explica o meteorologista e analista de planejamento urbano e infraestrutura do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha.
Dados – O boletim divulgado neste mês mostra que a umidade relativa média registrada em maio foi de 56%, enquanto a média das mínimas chegou a 31%. Os menores valores foram constatados na estação da Ponte Alta do Gama – 22% em 18 de maio – e na de Brasília, que marcou 24% de umidade relativa em 19 de maio.
Já o informe mensal sobre temperatura do ar mostra que, em maio, o Distrito Federal registrou temperatura média de 20,4ºC. A menor temperatura no mês foi de 9ºC, detectada em 22 de maio, na estação meteorológica do Zoológico, enquanto a maior foi de 30,6ºC em Águas Emendadas, em 10 e 11 de maio.
Futuro – “O mundo inteiro está discutindo mudanças climáticas. O que pauta esse debate e os estudos do tema é o monitoramento. O tempo precisa ser monitorado hoje para saber se o clima está mudando no futuro”, destaca o servidor do Brasília Ambiental.
Rocha aponta também que os boletins publicados pelo Instituto contêm um comparativo da média de temperatura, de chuva ou de umidade com os anos anteriores. Sem os dados de monitoramento, investigações científicas sobre tempo e clima não teriam como acontecer.
Para o meteorologista, essas análises contribuem para “estudos que, por exemplo, comparem o clima dentro de Brasília com o clima em uma região rural, ou seja, o impacto da cidade no tempo e no clima”.
“Há pesquisas que relacionam temperatura e umidade com internações hospitalares e até com estudos epidemiológicos, como dengue. Isso tudo tem sido feito com dados de monitoramento”, assinala.
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