Governo do Distrito Federal
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17/09/24 às 18h49 - Atualizado em 17/09/24 às 18h49

Brasília Ambiental revela informações sobre a qualidade do ar do mês de agosto no DF

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As informações da qualidade do ar do mês de agosto das quatro estações manuais de monitoramento do Instituto Brasília Ambiental, que estão sendo compiladas em um relatório, mostram que não há homogeneidade na qualidade do ar nas regiões em que as estações se localizam. E que, mesmo com a estação da seca já instalada e o Distrito Federal tendo recebido fumaça de outras regiões, ocorreram registros de qualidade do ar boa.

As estações manuais estão localizadas na Rodoviária, Jardim Zoológico, Estrutural (IFB) e Samambaia (IFB). As estações medem MP10 (Material Particular Inalável), que são partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, com diâmetro aerodinâmico menor que 10 micrômetros.

O MP10 pode ser encontrado na forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros. A inalação do MP10 pode agravar doenças do sistema respiratório e cardiovascular.

O meteorologista e analista de planejamento urbano e infraestrutura do Brasília Ambiental, Carlos Henrique Eça D’Almeida Rocha, explica que as informações revelam a qualidade do ar nas estações em diferentes dias do mês de agosto. “Mas é possível observar que, mesmo sendo um mês de seca já forte, as estações de monitoramento do Zoológico e de Samambaia apontaram uma qualidade de ar boa quase todos os dias”, detalha.

Para o presidente Da autarquia, Rôney Nemer, é um sistema que fornece alguns parâmetros, mas que precisa de mais investimento e melhoria. “Precisamos de um monitoramento que atinja mais áreas do DF para chegarmos a um resultado mais efetivo, e que traduza de fato a realidade da qualidade que respiramos. A autorização que o Governador Ibaneis nos deu para aquisição de outras duas estações, que serão automáticas, já nos ajuda a melhorar nosso monitoramento e nossa efetividade nas ações”, considerou.

 

Já nas outras duas estações de monitoramento, localizadas na Estrutural e na Rodoviária, há uma variação da qualidade de moderada a boa. Porém, o analista informa que houve registro de qualidade ruim nessas duas estações. “O da estrutural ocorreu no dia 26 de agosto, quando o Distrito Federal foi coberto por fumaça oriunda das queimadas de outras regiões como Sudeste e Amazônia”, esclarece.

 

Sem homogeneidade – Carlos Rocha enfatiza a falta de homogeneidade na qualidade do ar no Distrito Federal. “O interessante é que no mesmo dia 26 a estação de monitoramento de Samambaia apontou uma qualidade de ar boa. Isso mostra que, a depender do local que se está no DF, mesmo sendo no mesmo dia, têm-se qualidade do ar bem diferentes”.

 

O analista lembra ainda que as regiões da Estrutural – que é a próxima à rodovia com o mesmo nome com intenso trânsito – e a da Rodoviária – onde circulam os ônibus – sofrem influências das atividades das suas localizações, ambas estão próximas às fontes de poluição. Então, a qualidade do ar tende a ser pior. Já as estações do Zoológico e de Samambaia estão longe das fontes de poluição, e têm uma representatividade espacial maior que as outras.

 

A qualidade do ar é resultado da interação de vários fatores, como a magnitude das emissões, a topografia e as condições meteorológicas da região. O material particulado (MP 10), medido nas quatro estações manuais, é um poluente atmosférico que pode ser emitido por fontes ou formado por poluentes como sulfato e nitrato.

 

 

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