O Instituto Brasília Ambiental entregou, na tarde deste sábado, 24, o Plano de Manejo do parque ecológico das Sucupiras, localizado no Sudoeste, para a comunidade local. A entrega foi uma espécie de presente para a Associação de Voluntários do Parque, que completa 20 anos de existência, e que contribuiu, efetivamente, com a criação do documento, participando de todas as oficinas realizadas para este fim.
O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a importância do Plano de Manejo, que, segundo ele é um instrumento muito esperado pela comunidade. “Estamos muito felizes em conseguir entregar o Plano de Manejo para a comunidade do Sudoeste, representada por essa Associação que faz 20 anos está empenhada no cuidar desse parque. A luta é antiga, mas eu a conheci recentemente e me solidarizei de imediato. É um prazer muito grande conseguir estar aqui e fazer esta entrega”, disse.
A superintendente de Unidades de Conservação e Biodiversidade, Marcela Versiani, informou que este foi o primeiro Plano de Manejo que o Brasília Ambiental fez com o número de oficinas extensivo, mas necessário. “Entendemos que uma Unidade de Conservação só existe se a comunidade estiver engajada, participante. Se isso não ocorre, corremos o risco de fazer um documento que não vai sair do papel e não vai resolver o nosso problema, que é dar o melhor direcionamento à Unidade”, enfatizou.
Versiani ressaltou que o Plano foi elaborado com bons programas, com excelentes diretrizes que podem ser feitas para a recuperação de áreas degradadas, para o melhor uso da UC, “que é o uso que a comunidade quer e precisa”.
Comunidade – Para o presidente da Associação de Voluntários do Parque Sucupiras, Fernando de Castro Lopes, valeu a pena a “briga muito grande” que os membros da entidade tiveram durante longo tempo. “Tivemos de enfrentar muitos embates por este Plano, para que ele fosse de acordo com a legislação. Participamos ativamente das onze oficinas que o geraram. Acho que fizemos um bom trabalho”.
O jornalista Nelson Oliveira endossa as palavras do presidente da instituição. “Lutamos muito para manter essa faixa de Cerrado, muito importante para as atuais e futuras geração do Distrito Federal”.
A psicóloga Laura Guerra, também membro da entidade, tem uma relação toda especial com o parque. Ela, que também é artista plástica, possui uma coleção de telas inspiradas pelo Sucupiras, “Esse lugar é minha inspiração. É tanta beleza, e eu acompanho as mudanças de estação e vou colocando isso nas telas. Hoje são dois catálogos de obras lotados”.
Laura Guerra também endossa a importância do Plano de Manejo, lembrando que pela ausência dele muitas coisas que deveriam ser feitas no parque não foram ainda, e outras, que não deveriam ocorrer, aconteceram. “Mas agora temos o Plano, que veio deixar claro o que pode e o que não pode ser feito nesta Unidade de Conservação”, comemora.
Plano de Manejo – O plano de manejo é um documento consistente, elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social. Ele estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da UC, seu entorno. E ainda, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela associados, podendo também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC, visando minimizar os impactos negativos sobre a UC, garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos sistemas naturais.
O Plano de Manejo do parque Ecológico Sucupiras foi aprovado pela Instrução Normativa nº 5 de 14 de junho, mesma data em que foi criado o parque ecológico em 2005.
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