O Instituto Brasília Ambiental deu início na tarde de terça-feira (29), no Parque Ecológico Riacho Fundo, à segunda edição da oficina sobre o uso tradicional de plantas medicinais. A formação integra o projeto do Instituto Reconexão Cerrado, é gratuita e viabilizada com recursos de compensação ambiental. Conta com 64 participantes, sendo dez servidores da autarquia e os demais membros da comunidade local, integrantes de grupos de benzedeiras e pessoas interessadas em geral.
O curso é conduzido pela facilitadora e pesquisadora de saberes ancestrais, Josefa Ataídes. Tem duração de cinco dias, sempre à tarde, somando carga horária de 20 horas.
A superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto, Marcela Versiani, que na abertura da oficina representou o presidente da autarquia, Rôney Nemer, destacou ser muito gratificante levar o curso plantas medicinais para o parque ecológico Riacho Fundo. “Devido ao empenho dos agentes de Unidades de Conservação locais, esse parque tem melhorado cada dia mais. São pessoas extremamente capacitadas e comprometidas com o todo do meio ambiente, e isso inclui os conhecimentos e saberes tradicionais, que são muito importantes”, destacou, parabenizando a equipe.
Versiani lembrou que trabalha com Unidades de Conservação há 14 anos, e essa experiência a faz ter a certeza de que é muito coerente pensar o meio ambiente, envolvendo também as questões cultural, patrimonial e histórica. “Trazer essa pauta para capacitação de servidores e de pessoas da sociedade civil é muito bacana, e casa muito bem com o que precisamos fazer pelos nossos recursos naturais para todos estarem, efetivamente, inseridos no meio ambiente”, enfatizou, dando boas vindas aos participantes do curso.
O membro da Comissão do Reconexão Cerrado, analista em políticas públicas do Instituto, Webert Ferreira, explicou que a oficina integra a parte de capacitação do projeto Reconexão Cerrado. Contou a história dos movimentos, das iniciativas e do trabalho das várias pessoas que culminou no projeto e na realização da formação. Ele destacou ainda sua felicidade de ver a “casa cheia”, lembrando que na primeira edição do curso ficou uma lista de interessados em espera bem grande.
Ferreira explicou também que o curso abordará o preparo de chás com finalidade terapêuticas distintas, tendo o uso para modalidades e finalidades como: desenvolver habilidades práticas para o preparo de chás, escalda-pés e banhos; promover a valorização do conhecimento ancestral e da conexão com a natureza e incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a promoção do bem estar individual e coletivo.
O parque ecológico Riacho Fundo foi a primeira Unidade de Conservação do Brasília Ambiental a contar com um Jardim de Plantas Medicinais. Esta é a segunda e última turma da formação do ano. A primeira versão da oficina foi realizada em agosto, no Parque Ecológico Olhos D`água, localizado na Asa Norte, e contou com 40 participantes.
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