No Dia Mundial do Meio Ambiente, uma instituição como o Ibram tem uma reflexão obrigatória sobre sua contribuição para a mudança de muitos paradigmas: como nossa cultura pensa o desenvolvimento? O uso dos recursos naturais? A importância de cuidar desses recursos a partir de conhecimento e responsabilidade de seres dotados de racionalidade?
As comemorações não precisam ser apenas após a obra feita. É um processo e uma caminhada a nossa atuação. É sistêmica e desafiante. É contracultural e estimulante. Precisa de construir pontes, fazer alianças, prestar serviço, tornar-se relevante para a cidadania do DF. Precisamos acordar valores, perspectivas e compreensões mais justas sobre o direito a bens naturais, à estética da natureza, à agua suficiente e saudável, ao ar respirável, ao solo que tenha força para nutrir a vida, suportar e ancorar tantos processos vitais do planeta. Cada uma dessas realizações cumulativas podem ser celebradas. Importante é que o cuidar do planeta nos tenha como agentes, como pedagogos, como cuidadores.
O atual governo tem a sustentabilidade – um conceito em processo de construção social ainda – como coluna dorsal, e portanto, a política de meio ambiente como protagonista no exercício da coerência entre o programa divulgado na campanha eleitoral e a efetiva prática da gestão.
Estejamos à altura do desafio.
Jane Maria Vilas Bôas
Presidente do Instituto Brasília Ambiental – Ibram
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