Governo do Distrito Federal
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26/11/20 às 15h38 - Atualizado em 10/10/22 às 17h11

O que é um REVIS?

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Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) é uma Unidade de Conservação (UC) do grupo de proteção integral prevista em legislação, no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e no Sistema Distrital de Unidade de Conservação (SDUC). Seu principal objetivo é assegurar condições para a existência e reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna.

Assim como o monumento natural, o REVIS pode ser formado por áreas particulares, desde que sejam seguidas as exigências legais e os proprietários alinhem a utilização do espaço e seus recursos naturais com os objetivos da UC.

 

A visitação pública está sujeita às normas estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão ambiental responsável e a outros possíveis regulamentos. É aberto à pesquisa científica, que depende de autorização prévia e, assim como a visitação, possui restrições.

No caso de unidades federais, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável pela administração. No Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental é o ente responsável pela gestão e administração desta categoria de Unidade de Conservação.

 

O Instituto Brasília Ambiental administra 07 Refúgios de Vida Silvestre no DF, com potencial para se criar e/ou recategorizar outras 04 unidades para este grupo, ainda sem data. Atualmente os REVIS são:

 

Refúgio de Vida Silvestre Morro do Careca – Criado como Parque de Uso Múltiplo do Morro do Careca, a unidade foi recategorizada em 2019, tendo em vista a importância da área como uma das poucas do Lago Paranoá não urbanizadas, permitindo uma boa área de vida para a fauna nativa. O REVIS Morro do Careca está às margens do Lago Paranoá, no Setor de Mansões do Lago Norte, em área adjacente ao Conjunto 04 da MI 03, e possui uma cota mais alta, formando uma bela área de contemplação do espelho d’água. Faz parte da Zona de Vida Silvestre da APA do lago Paranoá e encontra-se num ponto estratégico para proteger a encosta formada e a descida do córrego da Palma no lago.

 

Refúgio de Vida Silvestre Vale do Amanhecer – A área foi inicialmente criada como parque e recategorizada, recentemente, como REVIS, considerando que serve como zona tampão para proteção da área encharcada do Rio Pipiripau e visa proteger áreas de Veredas. A unidade é limítrofe à comunidade que lhe dá o nome e caracteriza-se ambientalmente por abrigar solos hidromórficos, parte do Rio Pipiripau e mata ripária que o protege. Adjacente à sua poligonal, há a junção do Rio Pipiripau com o Mestre D’Armas, formando o Rio São Bartolomeu. O refúgio possui características ambientalmente sensíveis em áreas que não tem vocação para receberem visitação e instalação de equipamentos, uma vez que tais atividades poderiam acarretar a compactação e impermeabilização do solo.

 

Refúgio de Vida Silvestre Mestre D’Armas – Criado como Parque Ecológico Estância, a área é considerada de grande sensibilidade para a proteção do ribeirão Mestre d’Armas em sua passagem por uma grande área urbanizada ao longo do condomínio Estância Mestre D’Armas, em Planaltina. Desta forma teve sua proteção ampliada para o grupo de Proteção integral em 2019, para Refugio de Vida Silvestre, momento em que se aproveitou a oportunidade para homenagear o ribeirão que lhe deu novo nome e é de grande importância para a formação do Rio São Bartolomeu. A unidade é responsável pela proteção de uma significativa área de Veredas, solos encharcados e mata ripária ao longo do ribeirão Mestre d’Armas. Por ser uma área predominantemente composta por solos hidromórficos, é importante assegurar sua manutenção e cuidado nas definições de uso, buscando estudos para elaboração de seu Plano de Manejo.

 

Refúgio de Vida Silvestre da Mata Seca – É o primeiro REVIS criado no DF e está localizado na região administrativa da Fercal. Tem por objetivo a preservação de ecossistemas naturais, em especial das matas mesofíticas, fitofisionomia associada aos solos calcáreos da região noroeste do Distrito Federal, também denominadas matas secas, com alto grau de endemismo de flora e fauna e com grande importância para a consolidação de corredores ecológicos. Com 250 hectares, a unidade foi criada em 2015 também para garantir a preservação e a proteção da fauna e a manutenção da conectividade entre a Reserva Biológica da Contagem e os remanescentes de vegetação, consolidando um corredor ecológico regional; recuperar áreas degradadas, buscando a restauração das matas secas e outros ambientes; e incentivar a pesquisa científica e a educação ambiental.

 

Refúgio de Vida Silvestre Gatumé – É uma área de grande importância para a conservação das nascentes e da vereda em seu interior, além de ser um abrigo para a fauna nativa. Criado como parque, o intuito da unidade era preservar as nascentes do córrego Gatumé. Após estudos técnicos, observou-se a necessidade de maior proteção para a área, considerando veredas com larga extensão e boa parte das áreas com grande potencial de regeneração natural. Além disso, é um importante componente ambiental da ARIE JK. Apesar da quantidade de gramíneas exóticas, processos erosivos severos e algumas chácaras em seu interior, a área ainda possui fragmentos de vegetação nativa de Cerrado conservada, sendo abrigo para a fauna nativa.

 

Refúgio de Vida Silvestre Canjerana – A unidade foi criada como Parque, para proteção do córrego Canjerana, fragmentado por vias criadas na urbanização do bairro Lago Sul, o que acarretou a divisão em seis etapas. Teve sua recategorização como REVIS considerando a Área de Preservação Permanente do Córrego bem preservada, com matas de galeria, veredas e espécies arbóreas nativas, como o buriti (Mauritia flexuosa) e copaíbas (Copaifera langsdorffii), tombadas como patrimônio natural. Grande parte de sua área é configurada como Área de Preservação Permanente (APP) com declividade acentuada, o que dificulta o seu uso, sendo atualmente procurado apenas para fins de lazer e trilhas ecológicas em contato com o ambiente natural e acesso ao lago Paranoá.

 

Refúgio de Vida Silvestre Garça Branca- Situa-se às margens do Lago Paranoá sendo responsável por proteger a nascente, a mata ripária e o córrego Mata Gado, que deságua no Lago Paranoá. A área é formada por APPs do córrego e de declives, com potencial erosivo considerável. Uma das descidas da macrozona de proteção integral que compõem o Jardim Botânico, Reserva Biológica do IBGE e Fazenda Água limpa para o espelho d’água, forma um corredor ecológico bem preservado com as unidades adjacentes e um habitat único com lagoas e vasta vegetação na junção do braço do Ribeirão do Gama no Lago Paranoá, que abriga e protege a flora e fauna nativa.

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